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A Justiça Eleitoral suspendeu neste sábado os perfis nas redes sociais do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB). A determinação do juiz Antonio Maria Patiño Zorz tem caráter liminar e atende a uma reclamação apresentada pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral.

Na decisão, o juiz impediu que as redes sejam usadas pelo candidato até o final das eleições, considerando que Marçal comete abuso econômico ao impulsionar, de forma monetizada, vídeos com trechos de entrevistas, sabatinas, participações em debates e outros assuntos. O influenciador chegou a promover competições de cortes de vídeos com direito a remuneração aos seguidores.

Monetizar cortes, segundo o magistrado, “equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral. Notadamente o poderio econômico aqui estabelecido pelo requerido Pablo suporta e reitera um contínuo dano e o faz, aparentemente, em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional”. Foram suspensas as contas de Marçal nas redes Discord, Facebook, Instagram, Meta, TikTok e X (ex-Twitter).

Após a decisão, Marçal começou a criar “perfis reservas” de uma série de contas em todas as redes sociais e a divulgá-las entre os apoiadores enquanto ele participava de uma motociata. As imagens informam os novos perfis do ex-coach. Também, em entrevista, Marçal se disse vítma de “perseguição” e que isso vai, na verdade, ajudá-lo.  “Vão derrubar as minhas redes sociais por causa de uma invenção jurídica. Obrigado por vocês me perseguirem. Toda perseguição acelera o processo. Derrubem minhas redes sociais que vocês vão ver, vou aparecer até dentro da sua geladeira”, disse. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. (Folha e Globo)