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A Disney experimentou seu primeiro grande fracasso no universo de Star Wars. Segundo o site Deadline, o estúdio decidiu cancelar a série The Acolyte após a primeira temporada, algo inédito desde a compra da Lucasfilm, em 2012. Criada por Leslye Headland e estrelada por Amandla Stenberg no papel das gêmeas Osha e Mae, The Acolyte chegou à Disney+ com seus dois primeiros episódios no dia 4 de junho, e animou os executivos com 488 milhões de minutos assistidos no primeiro dia. Mas as críticas divergentes e a má repercussão entre o público fizeram a audiência desabar já na semana seguinte. O oitavo e último episódio obteve 335 milhões de minutos, o pior final da temporada para uma série de Star Wars.

Ambientada 100 anos antes dos filmes de George Lucas, The Acolyte se apresentou como uma história de mistério, envolvendo o assassinato de cavaleiros Jedi, a ordem de monges guerreiros que mantinha a paz na República. Mas o roteiro mal amarrado – um crítico chegou a insinuar que haviam filmado um rascunho –, a má construção de personagens, os episódios muito curtos e falhas na direção puseram o resultado a perder.

E boa parte dos fãs reagiu mal à apresentação dos Jedi como manipuladores, impulsivos, arrogantes e mentirosos, a ponto de o vilão surgir muitas vezes como o personagem mais sensato em cena. Para não dizer que tudo estava errado, os combates de sabre de luz estão entre os melhores já coreografados em Star Wars.

Headland e Stenberg chegaram a culpar o público, dizendo que fãs não aceitaram uma série protagonizada por uma mulher negra. Embora haja, de fato, uma parcela de incels raivosos, ela não impediu que Ahsoka, estrelada pela mulher negra Rosario Dawson, fosse um sucesso de público e crítica e já esteja com a segunda temporada em produção.