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Um estudo sobre a cadeia do ouro no Brasil, divulgado pelo Instituto Escolhas (veja aqui), apontou que 94% do ouro brasileiro importado pela União Europeia no ano passado teve origem em áreas com alto risco de ilegalidade, principalmente nos estados de Amazonas e Pará. Parte substancial desse ouro também passou pelo estado de São Paulo, onde estão sediadas boa parte das distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) que servem como intermediárias da operação. A Europa importou cerca de 1,7 tonelada de ouro brasileiro em 2023, dos quais 1,5 tonelada podem ter vindo do garimpo ilegal na Amazônia, o que representa US$ 93 milhões dos US$ 99 milhões comercializados para os europeus. A Alemanha é o principal importador do continente, com quase 1,3 tonelada do total. Segundo o estudo, 100% do ouro comprado pelos alemães saiu de áreas com risco de ilegalidade. Há cinco nações que não integram o bloco da UE e importam mais ouro brasileiro do que a Alemanha, com destaque para o Canadá, em primeiro lugar, que importou só em 2023 mais de US$ 1,6 bilhão. (ClimaInfo)