Biden diz que apoia a realização de novas eleições na Venezuela

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O presidente americano, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira que apoia uma nova eleição na Venezuela, como sugerido pelo Brasil. Questionado por um repórter no gramado sul da Casa Branca se apoia novas eleições na Venezuela, o democrata respondeu: “Sim”. Mais cedo, o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, recusou-se a comentar uma possível convocação de novas eleições, mas reiterou a preocupação dos EUA quanto ao pleito venezuelano. O órgão eleitoral da Venezuela “não cumpriu as medidas básicas de transparência e integridade e não seguiu as disposições legais e regulamentares nacionais”, disse Patel, referindo-se a um relatório recente de especialistas da ONU, que disseram que “não há precedente para o anúncio de um resultado eleitoral sem a publicação deste tipo de detalhes e destas contagens”. (Barron’s)

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Já a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, rejeitou a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de realização de novas eleições e chamou a ideia de “falta de respeito”. “A eleição já aconteceu”, disse. “Eu pergunto: vamos para uma segunda eleição e, se não gostarem do resultado, iremos para uma terceira? Quarta? Quinta? Até que o presidente Nicolás Maduro goste dos resultados? Vocês aceitariam isso em seus países, que, se o resultado não for satisfatório, repitam a eleição?”, indagou. “Não reconhecer o que aconteceu em 28 de julho, para mim, é uma falta de respeito com os venezuelanos que deram tudo de si e expressaram sua soberania popular.” O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, alinhado a Maduro, declarou a reeleição do presidente com 52% dos votos, mas não apresentou as atas. O órgão alegou atraso no sistema de registro de votos por conta de um ataque hacker. Segundo a oposição, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições com 67% dos votos. (g1)

Enquanto isso… a União Europeia sinalizou que as atas publicadas pela oposição venezuelana que mostrariam a vitória de González Urrutia sobre Maduro são legítimas. Em comunicado emitido nesta quinta-feira, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borell, insistiu na necessidade de as autoridades venezuelanas serem transparentes em relação ao resultado do pleito e sugeriu que os documentos de posse da oposição não foram fraudados. É a primeira vez que o bloco, que não reconheceu a vitória do opositor, sinaliza que Maduro pode ter sido derrotado de fato. (UOL)

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