Calor extremo já matou mais de 47 mil pessoas na Europa, revela estudo

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Um novo estudo da Nature Medicine revela que mais de 47 mil europeus morreram devido ao calor extremo em 2023, o ano mais quente já registrado globalmente. Se não fossem as medidas de combate tomadas, como melhorias na assistência médica e maior uso de ar-condicionado, o número de mortes poderia ter sido 80% maior. Para a população acima de 80 anos, o número de mortes poderia ter dobrado.

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Elisa Gallo, autora do estudo e pesquisadora no Instituto de Saúde Global de Barcelona, destaca a urgência de tratar a mudança climática como uma questão de saúde. Jordan Clark, do Heat Policy Innovation Hub da Duke University, alerta que estamos chegando aos limites do que o corpo humano pode suportar e enfatiza a necessidade de ação rápida contra o aquecimento global.

Os impactos do aquecimento não se limitam às mortes por calor. O branqueamento severo dos corais, a liberação de grandes quantidades de carbono do solo congelado, a mudança repentina na monção da África Ocidental, e até o desmatamento na Floresta Amazônica, são eventos citados pelo New York Times como pontos de extrema atenção do aquecimento global, que podem criar inflexões climáticas, ou seja, pontos de não-retorno.

Enquanto isso, grandes incêndios florestais atingem os subúrbios de Atenas, na Grécia, causando evacuações de cidades e vilarejos e destruição de casas. A falta de recursos locais mobilizou pedidos de ajuda internacional e países como Espanha, Itália e Turquia, França e a República Tcheca estão enviando apoio, equipamentos e pessoal. Moradores de Atenas enfrentam condições extremas e a fumaça do incêndio se tornou densa e marrom. Bombeiros e cidadãos voluntários tentam conter as chamas, mas o ministro da crise climática e proteção civil, Vassilis Kikilias, alertou que essas condições climáticas extremamente perigosas continuariam. (The New York Times e BBC)

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