Site recebe documentos internos da campanha de Trump, que diz ter sido hackeada

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O site americano Politico revelou neste sábado que recebeu de um usuário identificado apenas como “Robert” uma série de documentos internos da campanha de Donald Trump. As mensagens começaram a ser enviadas em 22 de julho. A campanha republicana culpou “fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos” e citou um relatório da Microsoft de sexta-feira informando que hackers iranianos “enviaram um e-mail de spear phishing em junho a um alto funcionário de uma campanha presidencial”. A Microsoft não identificou a campanha alvo do e-mail e não quis comentar neste sábado. O Politico não conseguiu verificar de forma independente a identidade do hacker ou sua motivação, e um porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, recusou-se a dizer se tinha mais informações que fundamentassem a indicação de que o hacker era do Irã.

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“Esses documentos foram obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos, com a intenção de interferir nas eleições de 2024 e semear o caos em todo o nosso processo democrático”, disse Cheung, que também se negou a dizer se a campanha entrou em contato com a Microsoft ou com autoridades sobre o ataque.

Os e-mails recebidos pelo Politico partiram de uma conta da AOL e continham o que pareciam ser comunicações internas de um alto funcionário da campanha de Trump. Um dossiê de 271 páginas sobre o candidato republicano à vice-presidência, JD Vance, datado de 23 de fevereiro, é um desses nos documentos, que segundo fontes são autênticos. Também foi compartilhada uma pesquisa sobre o senador pela Flórida Marco Rubio, que foi finalista à indicação para compor a chapa trumpista.

Segundo o Politico, “Robert” disse que tinha uma “variedade de documentos, desde documentos legais e judiciais [de Trump] até discussões internas de campanha”. Questionado sobre como os obteve, respondeu: “Sugiro que não fique curioso para saber de onde os tirei. Qualquer resposta a esta pergunta me comprometerá e também restringirá legalmente você de publicá-las”.

Em 2016, altos funcionários do Partido Democrata foram hackeados antes das eleições presidenciais. Em 2017, o Departamento de Justiça iniciou uma investigação sobre a interferência russa nas eleições e o papel da campanha de Trump nisso. Mas concluiu que não havia provas suficientes para apresentar acusações criminais contra o republicano ou sua campanha por supostamente conspirar com os russos. (Politico)

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