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Apesar de minimizar inicialmente os problemas enfrentados pela Starliner, nave espacial da Boeing, que levou dois astronautas à Estação Espacial Internacional em junho, a Nasa admitiu que os problemas podem ser mais graves do que o pensado, sugerindo que os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore podem não retornar à Terra na nave em que foram ao Espaço.

A Nasa está explorando uma opção de backup, utilizando uma nave espacial da SpaceX. A missão dos astronautas, que deveria durar oito dias, pode ser estendida até 2025. Ken Bowersox, administrador associado da Nasa para a diretoria de missões de operações espaciais, declarou que várias opções estão sendo consideradas para garantir a segurança dos astronautas.

Este anúncio representa mais um desafio para a Boeing, que já enfrenta dificuldades em outros setores, incluindo problemas com a fuselagem de jatos comerciais. Em agosto, a Boeing anunciou uma amortização de US$ 125 milhões em custos não planejados para o programa Starliner, somando-se a US$ 1,5 bilhão em baixas anteriores.

Autoridades da Nasa e da Boeing garantiram que os astronautas que lançaram com a Starliner não ficaram presos no espaço. Williams e Wilmore passaram dois meses a bordo da estação enquanto engenheiros analisam dados sobre o desempenho defeituoso de vários propulsores da Starliner e vazamentos de hélio.

Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da Nasa, afirmou que a decisão sobre a missão será tomada até o meio do mês. Em uma declaração, um porta-voz da Boeing disse que a empresa acredita na capacidade da Starliner, mas tomará as ações necessárias se a NASA decidir mudar a missão. (The New York Times)