‘Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito’, diz Amorim sobre Venezuela

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O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da presidência para assuntos internacionais, afirmou ao Estúdio i que teme “um conflito muito grave” na Venezuela. “Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito. E eu acho que a gente tem que trabalhar para que haja um entendimento. Isso exige conciliação. E conciliação exige flexibilidade de todos os lados”, disse. Como medidas de flexibilização, ele citou as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia ao governo de Nicolás Maduro, disse que o “nível de divisão” do país vai exigir mediação e criticou a prisão de uma chefe regional da oposição na noite de terça-feira.

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Para Amorim, é lamentável que as atas eleitorais não tenham aparecido após o término do pleito. E isso foi abordado por ele na conversa que teve com Maduro. “Eu disse isso para o presidente Maduro. Eu tive com ele no dia seguinte da eleição e perguntei sobre as atas. Ele me disse que seriam publicadas. Depois, encontraram esse caminho pela Justiça. Eu tenho que confessar a minha ignorância, não compreendo bem ainda o que a Justiça vai fazer.”

Amorim confirmou que os presidentes de Brasil, México e Colômbia talvez falem com Maduro e com o candidato de oposição, Edmundo González Urrutia. “Eu acho que é mais importante os três presidentes conversarem entre si e saber bem como encaminhar uma conversa que pode ser com o Maduro, mas pode também ser com o candidato da oposição em algum momento.” (g1)

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