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A líder da oposição María Corina Machado discursou na tarde deste sábado em um ato em Caracas contra a proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela. Até hoje, ela estava escondida e temendo por sua vida, de acordo com o The Wall Street Journal. Aos manifestantes que foram ao bairro de Las Mercedes, Corina defendeu que seus aliados resistam às investidas do regime e prometeu “não sair das ruas”. “Já vencemos a etapa eleitoral, agora vem uma nova etapa. Mas nunca fomos tão fortes como hoje, o regime nunca foi tão fraco como hoje”, disse Corina. Maduro afirmou na última quarta que Corina e Edmundo González Urrutia “têm que estar atrás das grades” e os convocou a “deixarem de ser covardes” e “se apresentarem ao MP para dar a cara a tapa”. A líder afirmou que não “irá cair em provocações” e pediu para a população adotar um comportamento diferente ao do governo de Maduro, que teria “a violência como último recurso”.

Segundo os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro recebeu 6,4 milhões dos votos contra 5,3 milhões de González. A oposição, entretanto, alega ter cópia de mais de 80% das atas eleitoras — ainda não apresentadas pelo CNE — e diz que González obteve 67% dos votos. Além do protesto desta tarde, a manhã de sábado também foi marcada por manifestações convocadas tanto por María Corina quanto por Maduro. (Globo e g1)