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Às 15h desta sexta-feira acontece a auditoria dos resultados da eleição venezuelana no Tribunal Supremo de Justiça do país. Os dez candidatos à presidência que participaram do pleito estão convocados para assistir à verificação, solicitada pelo presidente Nicolás Maduro diante da suspeita de fraude eleitoral. Maduro disse estar pronto para apresentar 100% das atas eleitorais. A oposição afirma que teve acesso a 73,2% das atas, que comprovariam a vitória de Edmundo González Urrutia. De acordo com dados divulgados pela campanha de Urritia, ele recebeu 6.275.182 votos contra 2.759.253 de Maduro. (CNN Brasil)

Continuam os protestos no país desde que a reeleição de Maduro para mais seis anos de mandato foi declarada na madrugada de segunda-feira. Alfredo Romero, presidente da ONG Foro Penal, que atua na defesa de presos políticos na Venezuela há 20 anos, afirma que as forças policiais venezuelanas estão prendendo pessoas na rua indiscriminadamente. Entre elas, um homem surdo-mudo de 29 anos que estava esperando um ônibus, uma cozinheira saindo do trabalho, um adolescente de 15 anos que caminhava na rua e filhos de policiais e funcionários públicos sem ligação com as manifestações. Pelo menos 16 pessoas morreram na repressão aos protestos. (Folha)

O chavismo sempre foi, desde sua origem, uma aliança cívico-militar. Mas a suspeita vitória de Nicolás Maduro coloca o governo ainda mais na mão dos militares, liderados pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López. Com a reeleição de Maduro contestada interna e externamente, dependerá do apoio de Padrino López a sustentação do governo. E, como Maduro, ele parece disposto a tudo para manter o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), como mostra o recrudescimento da repressão a opositores. (Globo)