Em nota, Brasil, Colômbia e México pedem divulgação de dados da votação venezuelana

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Após dias de negociação diplomática, os governos de Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta sobre as eleições presidenciais na Venezuela. O texto cobra das autoridades eleitorais a divulgação dos dados da votação e sua verificação imparcial e defende que os questionamentos ocorram por “vias institucionais”.

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“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz o comunicado.

O texto destaca que as controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser “dirimidas pela via institucional” e que o “princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”. Também pede que os atores políticos e sociais ajam com cautela e contenção em manifestações e eventos públicos para evitar uma escalada de episódios violentos. “Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.”

O comunicado estava sendo discutido pelos três países desde segunda-feira e dependia de um alinhamento diplomático sobre pontos como a forma de cobrar a apresentação das atas de votação, mantendo o respeito à soberania da Venezuela. (Meio)

Pouco antes de a nota ser divulgada, o presidente Lula conversou com seus colegas Manoel Lopez Obrador, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia, sobre a crise eleitoral na Venezuela. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou a reeleição de Nicolás Maduro com 51% dos votos, mas ainda não apresentou as atas de votação. A oposição, que afirma que Edmundo Gonzáles Urrutia venceu, cobra a divulgação dos documentos, assim como parte da comunidade internacional, como Brasil e Estados Unidos, que ainda não reconheceram a vitória de Maduro. (g1)

Mais cedo, Maduro pediu ao Palácio do Planalto uma conversa telefônica com Lula. Segundo a Presidência da República, não há previsão de um diálogo entre os dois. Caso ocorra, o telefonema será o primeiro contato direto Lula e Maduro desde o pleito do último domingo.  (Estadão)

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