Fed mantém juros inalterados nos EUA, mas sinaliza possível corte em setembro
Pela oitava vez seguida, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) decidiu, agora de forma unânime, manter inalterada a taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,50%, maior patamar em 23 anos. O comunicado pontuou que a atividade econômica continua se expandindo em um ritmo sólido e, embora a taxa de desemprego tenha subido, permanece em patamares baixos. Sobre a inflação, o Fomc, o comitê de política monetária, pontuou que apesar de ter diminuído no último ano, a taxa ainda continua elevada, mas houve progresso adicional em direção à meta de 2%. (InfoMoney)
O comunicado foi complementado pela coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do Fed, que afirmou que a economia americana está se aproximando do ponto em que será apropriado começar a reduzir a taxa de juros, condicionando essa decisão à continuidade de dados favoráveis. “Uma redução na nossa taxa diretora poderá estar em cima da mesa já na próxima reunião, em setembro”, disse Powell, acrescentando que o Fomc “não tomou nenhuma decisão sobre reuniões futuras”, incluindo a reunião de setembro, e enfatizando que um corte vai depender dos próximos dados. (Barron’s)
O patamar de juros dos Estados Unidos afeta as decisões de política monetária de todo o mundo, porque a renda fixa americana é considerada a modalidade de investimento mais segura que há e remunera em dólar. Maiores prêmios nesses investimentos diminuem a atratividade de países e mercados emergentes, como o Brasil, pressionando também o preço do dólar.