Em meio a acusações de fraude, Venezuela oficializa reeleição de Maduro

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Apesar das acusações internacionais e da oposição de fraude eleitoral, Nicolás Maduro já foi proclamado oficialmente nesta segunda-feira presidente eleito da Venezuela para um terceiro mandato. “É irreversível”, disse o ditador. Com isso, Maduro ficará no poder por mais seis anos, de 2025 a 2031.  Seis horas depois do fechamento das urnas, com 80% dos votos contados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Maduro ganhou com 51,2% dos votos, enquanto o opositor Edmundo González ficou com 44,2%. Nenhum detalhamento foi dado. (Folha)

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O presidente da CNE, Elvis Amoroso, afirmou na cerimônia de proclamação que “a eleição presidencial transcorreu num clima de respeito, paz e participação democrática apesar de alguns terem tentado gerar violência”, embora “tenham havido muitos ataques” ao sistema eleitoral, sem especificar como ocorreram. Amoroso reiterou que Maduro obteve a maioria dos votos válidos nas eleições presidenciais, “sendo eleito por um período de mais seis anos”, cujo mandato terá início oficialmente em 10 de janeiro de 2025, data marcada para a posse. Acrescentou também que Maduro foi eleito “por vontade do povo soberano” e que a sua proclamação é feita de acordo com as disposições constitucionais e legais que regem os processos eleitorais, apesar de o resultado ter sido questionado pela comunidade internacional e pela oposição. (El Nacional)

Já o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, orientou a embaixadora do país na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, a não comparecer à proclamação de vitória de Maduro. O governo brasileiro quer esperar a publicação das atas antes de um novo contato com o regime. A ausência de Glivânia, afirmam diplomatas, é uma sinalização à Venezuela de que o Brasil não vai reconhecer automaticamente a reeleição. Mais cedo, o Itamaraty emitiu nota oficial em que chamou a publicação das atas como “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. (Estadão)

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