Governo restringe dados de 2024 sobre mortes de ianomâmis

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Desde o aumento de mortes na terra indígena Ianomâmi no início do ano, o governo federal interrompeu a publicação diária de boletins sobre óbitos e doenças no território. O último relatório do Ministério da Saúde foi divulgado apenas no final de fevereiro, com dados até 31 de dezembro de 2023. No ano passado, os boletins foram diários em fevereiro, semanais a partir de março, e mensais a partir de agosto. E ,apesar da mobilização, os registros mostram um aumento de quase 6% nas mortes de Ianomâmis em 2023, com 363 óbitos registrados, contra 343 em 2022. No entanto, especialistas dizem que esses números podem ser revisados por provável subnotificação de casos no governo Bolsonaro e às dificuldades de acesso ao território. Os líderes ianomâmis, por sua vez, relatam melhorias no atendimento médico e redução no número de garimpeiros, mas afirmam que a malária e a subnutrição continuam a afetar as aldeias e seria necessário um plano robusto para a agricultura sustentável. Em resposta, o governo destacou a reabertura de sete polos-base e a inauguração de um refeitório em Boa Vista, mas não apresentou dados concretos sobre a evolução do combate à malária e outras doenças. A União também afirmou estar melhorando os indicadores de saúde, mas não entregou dados atualizados nesse sentido. (UOL)

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