Convenções partidárias pelo país mostram cenário aberto nas capitais

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As convenções partidárias para as eleições municipais começam hoje e o cenário ainda é de indefinição em muitas capitais. Há prefeitos que buscam a reeleição que não decidiram ainda quem será o vice, como no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e disputas, como a de São Paulo, em que partidos podem retirar pré-candidaturas e anunciar apoios que mexem no xadrez local. O prazo para os partidos deliberarem sobre coligações, definirem chapa e a lista de candidatos a vereador vai até 5 de agosto, cinco dias antes do prazo limite para registrarem os nomes na Justiça Eleitoral.

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Algumas convenções vão ter caciques nacionais prestigiando  candidatos a prefeituras já neste primeiro dia. É o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que oficializa a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) na capital paulista junto com sete ministros. Boulos tem como vice a petista Marta Suplicy e vai, inclusive, receber suporte financeiro do PT durante a campanha. Outro exemplo é o do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que vai a BH anunciar a candidatura à reeleição de Fuad Noman. (Globo)

O PT planeja lançar candidatos em 14 capitais, enquanto o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve lançar em 15. As duas siglas, no entanto, devem ter confrontos diretos em apenas nove das 26 capitais estaduais. Neste ano, o partido do presidente decidiu priorizar alianças em vez de lançar candidaturas neste pleito. Historicamente, o partido adota a estratégia de lançar o maior número possível de candidaturas para marcar posição. Porém, para conter o avanço do bolsonarismo nas prefeituras e visando construir alianças para as eleições de 2026, a sigla abriu mão de lançar candidatos em cidades importantes, incluindo São Paulo, onde apoia o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

Já o PL  entra na disputa com a meta de eleger 1,5 mil prefeitos. Na última eleição, em 2020, a sigla elegeu 348. O partido aposta no lançamento de candidaturas no maior número possível de cidades, com foco nas eleições de 2026. O cálculo político é que, mesmo se o candidato do PL não for eleito, ele ganhará visibilidade e poderá garantir uma vaga na Câmara ou no Senado no próximo ciclo eleitoral.

A disputa deste ano é vista tanto por petistas quanto por bolsonaristas como um prelúdio para as eleições de 2026, quando os grupos buscarão fortalecer sua representação no Congresso e disputar a Presidência da República. Embora as eleições municipais geralmente não sejam influenciadas por questões nacionais, analistas preveem que a campanha terá um tom nacional, com a narrativa do “nós contra eles” predominando. (Estadão)

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