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Do total de um milhão de quilombolas no Brasil com 15 anos ou mais, quase 193 mil não sabem ler, cerca de 19%, afirmou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir de novos dados do Censo Demográfico 2022. Esse número é 2,7 vezes maior do que a média da população. O Brasil tinha 11,4 milhões de analfabetos em 2022 em um total de 163 milhões de cidadãos na mesma faixa etária pesquisada. Na população geral, 93% são alfabetizados, mas entre os quilombolas, o percentual é de 81%. Quanto mais avançada é a idade observada, maior a desigualdade entre o número de alfabetizados. Considerando apenas a faixa etária com mais de 65 anos, mais da metade dos quilombolas não sabem ler nem escrever. Para o IBGE, o problema afeta com mais gravidade os grupos mais velhos porque os idosos de hoje encontraram mais dificuldade de acesso à educação do que os jovens encontram hoje. (Folha)