Estados Unidos espionaram Lula por décadas e produziram 819 relatórios

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Diversos órgãos dos Estados Unidos monitoraram o presidente Lula entre 1966 e 2019, produzindo 819 documentos e 3.300 páginas de registros. A informação foi descoberta pelo jornalista e escritor Fernando Morais, que lançou em 2021 a primeira parte de uma biografia sobre Lula e agora escreve o segundo volume. Morais requisitou os documentos através da Lei de Acesso à Informação americana, com auxílio do escritório de advocacia Pogust Goodhead. Apesar dos primeiros documentos serem de 1966, não está claro em que ano o monitoramento começou. Em 1966, Lula tinha pouco mais de 20 anos e só se tornou filiado ao sindicato dos metalúrgicos dois anos depois. De todos os órgãos, a CIA, agência de inteligência do país, foi a que acompanhou Lula mais de perto, com 613 relatórios e 2.000 páginas, sendo que os tópicos mais monitorados foram sua relação com a ex-presidente Dilma Rousseff, planos militares do Brasil, relação do país com nações asiáticas e do Oriente Médio e os movimentos da Petrobras. Anteriormente, a presidente foi alvo de espionagem da NSA, a agência de segurança nacional dos Estados Unidos, caso revelado em 2013. Morais ainda não teve acesso a todos os documentos e relatórios produzidos. (Folha)

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