Questão racial pesa na educação dos EUA e pode ser indicativo para Brasil

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Para ler com calma. Apesar dos contextos diferentes, Brasil e Estados Unidos passam por mudanças semelhantes em salas de aula com a ascensão de políticas conservadoras e de extrema direita, como censura de livros e a introdução de policiais em escolas. Essa é a avaliação da pesquisadora americana Constance Lindsay, professora da Universidade da Carolina do Norte, que diz haver um movimento de contrarreação para reverter esforços para combater desigualdades na área da educação. Em seus estudos, ela percebeu o impacto existente sobre alunos negros que têm ao menos um professor negro em sala de aula. Além da redução da indisciplina, houve um aumento nas taxas de conclusão do Ensino Médio. Outro fator importante é o modelo positivo que um professor da mesma raça gera para os estudantes, que sentem-se motivados, ao verem um semelhante que concluiu o ensino superior.

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Por outro lado, os ataques em escolas americanas fez com que houvesse um aumento de policiamento nas unidades de ensino onde há mais alunos negros. O resultado foi um aumento das punições aos estudantes desse grupo racial. “Problemas de indisciplina escolar, que antes eram tratados com conversas, advertências e suspensões, passaram a ser tratados como caso de polícia. Afinal, quem está ali dentro da escola é um policial, certo? É essa a forma que eles foram treinados para lidar com problemas”, explica Lindsay. (Folha)

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