Emendas suspeitas de parlamentares para ONGs somam quase meio bilhão de reais

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Entre 2021 e 2023, parlamentares enviaram quase meio bilhão de reais em verba federal para uma rede de ONGs que tocaram projetos com fortes indícios de desvio de dinheiro, revela Ruben Berta no UOL. Os repasses foram feitos por 32 deputados e um senador, sobretudo da direita e de centro, mas também de esquerda. Destacam-se o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) — autor do projeto de lei antiaborto —, com emendas suspeitas no valor de R$ 25,9 milhões, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), braço direito do prefeito do Rio, Eduardo Paes, com emendas que somam R$ 22,8 milhões, e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido), com emendas de R$ 13,7 milhões. A lista também inclui o atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ), com R$ 1,1 milhão de emendas para essas ONGs, e o senador Carlos Portinho (PL-RJ), que destinou R$ 6 milhões em verbas federais. A maioria dos parlamentares é do Rio de Janeiro. Essa verba pública é injetada em projetos com estrutura simples, de esportes e qualificação profissional, que custam muito mais do que deveriam. Houve compra, por exemplo, de 11 mil medalhas para um projeto de esporte – equivalente a dez por aluno inscrito -, 1.320 bolas de futsal para um projeto sem aulas dessa modalidade, 1.600 quimonos de jiu-jítsu para outra iniciativa (seriam 14 quimonos por aluno) e contratação de 225 seminários, ao custo de R$ 3 milhões, mas com realização comprovada de apenas oito. (UOL)

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