Os 100 melhores livros do século
O New York Times lançou uma ambiciosa lista com aqueles que considera os 100 melhores livros do século 21. As obras foram escolhidas por 503 romancistas, escritores de não-ficção, poetas, críticos, amantes de livros e editores do jornal, que pediu a esse grupo – entre eles Stephen King, James Patterson, Sarah Jessica Parker, Roxane Gay, Karl Ove Knausgaard e Marlon James, para citar alguns – para escolher os dez melhores livros publicados desde 1º de janeiro de 2000. Em primeiro no ranking ficou A Amiga Genial, de Elena Ferrante, primeiro de quatro livros que deu início à “febre Ferrante” no mundo – e a muitas elocubrações sobre quem assina com este pseudônimo, surgido em 1992 com o romance italiano L’Amore Molesto (lançado no Brasil 25 anos depois como Um Amor Incômodo). Em segundo lugar aparece Isabel Wilkerson, primeira mulher negra a vencer o Pulitzer de jornalismo, com seu The Warmth of Other Suns (algo como O Calor de Outros Sóis, em tradução livre, ainda não lançado no Brasil), sobre a grande migração de negros americanos do sul para o norte e oeste dos Estados Unidos entre 1915 a 1970. Completa o top 3 Wolf Hall, da britânica Hilary Mantel, primeira mulher a ganhar duas vezes o Booker Prize, principal premiação literária da Inglaterra, que inaugurou a trilogia de ficção histórica sobre Thomas Cromwell, dando vida ao primeiro-ministro do rei Henrique 8º no século 16. Duas curiosidades: Knausgaard, autor norueguês da série de romances autobiográficos Minha Luta, emplacou seis de suas dez escolhas entre os 100 melhores – um deles 2666, livro póstumo de Roberto Bolaño, em sexto lugar no ranking –, enquanto King, o “rei do horror”, escolheu um livro de sua própria lavra, mas que acabou fora da lista. O top 100 (veja todos os escolhidos) inclui obras de Chimamanda Ngozi Adichie, Joan Didion, Jonathan Franzen, Kazuo Ishiguro e, entrou outros, Philip Roth. (New York Times)