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Uma pesquisa feita em parceria entre ABC News, Washington Post e Ipsos mostra que 67% dos americanos consideram que Joe Biden deveria renunciar à candidatura democrata à presidência devido a seu mau desempenho no debate de 27 de junho. Apesar disso, Biden se mantém praticamente empatado com Donald Trump, sem mudanças significativas pós-debate nas preferências de voto. Se as eleições fossem hoje, 46% optariam por Biden e 47% por Trump, resultado parecido com a pesquisa ABC/Ipsos de abril (44%-46%). Entre os eleitores registrados o empate é absoluto: 46%-46%. Se a vice-presidente Kamala Harris substituísse Biden, ela teria 49% dos votos ante 46% para o republicano entre todos os adultos (49%-47% entre os eleitores registrados). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. (ABC News)

Assessores e conselheiros de longa data do presidente americano, Joe Biden, estão cada vez mais convencidos de que ele terá de se afastar da campanha e, nos últimos dias, têm tentado encontrar formas de persuadi-lo, segundo fontes. Um pequeno grupo de conselheiros de Biden no governo e na campanha disse que para ele deixar a corrida presidencial será preciso convencê-lo de que não pode vencer o ex-presidente Donald Trump e que outro candidato, como a vice-presidente Kamala Harris, pode derrotar o republicano. Além disso, têm de garantir a Biden que, caso ele se afaste, o processo de escolha de outro candidato será ordenado, sem mergulhar o Partido Democrata no caos. Não há indicação de que alguma dessas discussões tenham chegado ao próprio Biden. E a Casa Branca negou e reiterou que “a equipe do presidente Biden o apoia fortemente” (New York Times)

E o Conselho Editorial do jornal The New York Times afirmou em um grande artigo publicado nesta quinta-feira que Trump não está apto a liderar. Além disso, critica duramente o “outrora grande” Partido Republicano, que agora “serve aos interesses de um homem comprovadamente inadequado para o cargo de presidente, cujos valores, temperamento, ideias e linguagem se opõem diretamente a que tornou este país grande”. Além disso, elenca as falhas de Trump em cinco frentes: aptidão moral, princípios de liderança, caráter, palavras do presidente e Estado de direito. “Em vez de uma visão convincente para o futuro do país, Trump é animado por uma sede de poder político: usar as alavancas do governo para promover os seus interesses, satisfazer os seus impulsos e exigir retribuição contra aqueles que ele pensa que o prejudicaram. Ele é, simplesmente, incapaz de liderar”, diz o conselho. “O que Trump faria em um segundo mandato? Ele disse aos americanos quem ele é e mostrou-lhes que tipo de líder ele seria. Quando alguém falha em tantos testes fundamentais, você não dá a ele o trabalho mais importante do mundo.” (New York Times)