Economista analisa dados de emprego nos Estados Unidos e possível impacto no Brasil
O Payroll, principal dado de emprego dos Estados Unidos, desacelerou a 206 mil vagas criadas em junho, vindo de 218 mil em maio (leia o relatório completo). A taxa de desemprego aumentou levemente de 4,0% a 4,1%, enquanto o ganho médio por hora trabalhada e o salário médio por hora caíram. O número de servidores públicos aumentou em 70 mil no mês passado, o que ajudou a puxar o dado para cima. Para Julio Hegedus, economista da ConfianceTec, trata-se de um pouso suave da economia americana, ou seja, uma atividade que dá sinais de desaceleração de forma menos brusca, o que pode permitir corte de juros do Federal Reserve (Banco Central estadunidense). As projeções da ferramenta Fed Watch, do CME Group, apontam para maiores chances de redução de juros já em setembro: antes do dado havia 66,5% de chances de corte no referido mês, agora, o número subiu a 73%. Para Hegedus, se o cenário de corte de juros em setembro se confirmar, é possível haver maior fluxo de investimentos para o Brasil, um dólar menos valorizado em relação ao real e até maior espaço para corte de juros por aqui. “Já se fala em dólar a R$ 5,00, no médio prazo, se o governo não criar mais ruídos”, disse. (Meio)