Campos Neto diz que ruídos levaram BC a interromper cortes nos juros

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira, durante o Fórum do Banco Central Europeu sobre BCs, em Portugal, que “muitos ruídos” relativos às expectativas sobre a trajetória fiscal e monetária criaram “incerteza suficiente” para levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a interromper o ciclo de corte na taxa básica de juros. “Isso [a pausa] tem muito mais a ver com os ruídos que foram criados do que com os fundamentos. Os ruídos estão relacionados a dois canais: um é a expectativa sobre o caminho da política fiscal e o outro é a expectativa sobre o futuro da política monetária”, disse. “[Precisávamos] ver como podemos corrigir esse canal e como podemos comunicar melhor para que possamos eliminar esses ruídos”, acrescentou. Para o chefe da autoridade monetária, há uma “grande desconexão” entre as expectativas do mercado financeiro e os dados atuais relativos ao fiscal e à inflação. Questionado sobre as críticas de Lula, o economista disse que o presidente do BC “tem que sair da arena política” e “avançar com o trabalho técnico”. “Toda essa narrativa de que o BC tem sido político, temos que nos afastar disso e explicar o que estamos fazendo. Acho que o que estamos fazendo tem sido muito técnico.” (Folha)

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Campos Neto estava acompanhado dos presidentes do Federal Reserve, Jerome Powell, e do BCE, Christine Lagarde. O americano disse que os dados econômicos mais recentes sugerem que a inflação voltou ao caminho descendente, mas acrescentou que os diretores da autoridade monetária dos EUA gostariam de ver mais dados antes de reduzir a taxa de juros. Ele se recusou a dar qualquer orientação específica sobre quando começará o corte nos juros, que desde julho passado estão no maior patamar em duas décadas, entre 5,25% a 5,5% ao ano. (Bloomberg Línea)

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O populismo reacionário como efeito colateral da modernização

03/07/24 • 11:00

Em política, como na economia, a expectativa é tudo. E, em um mundo interconectado, aquilo que acontece nos países cêntricos possui uma força particular na geração de expectativas: é o famoso “efeito demonstração”. E o mau desempenho de Biden no debate contra Trump assanhou os reacionários. Com a vitória eleitoral de Le Pen na França, o assanhamento chegou ao clímax e contagiou até conservadores mais tradicionais, seduzidos pelo canto de sereia de um paradoxal “extremismo moderado”. Para arrematar, o Supremo americano proclamou a tese absolutista da irresponsabilidade legal do presidente, dando carta branca para que Trump, caso eleito, faça tábua rasa da combalida democracia americana.

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