Marina Silva diz que 80% dos incêndios no Pantanal partiram de propriedades privadas

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“Algo desolador.” A frase da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, foi dita nesta segunda-feira, após se reunir na sala de situação, no Palácio do Planalto, para combater incêndios e consequências da seca no Pantanal e na Amazônia. De acordo com a ministra, o governo já identificou, por meio de monitoramento por satélite, que 80% dos focos de incêndio no Pantanal partiram de propriedades privadas. E a Polícia Federal já está investigando suspeitos de serem responsáveis por 18 focos.

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Marina lamentou a prática de fazendeiros da região que insistem em realizar queimadas, apesar dos alertas já emitidos pelos órgãos responsáveis. “Dá uma mistura de imensa tristeza e indignação saber que aquilo acontece em função do desrespeito para com os alertas que vêm sendo dados. Nesse caso, a Polícia Federal já está fazendo o indiciamento daqueles que devem ser indiciados. Nós já sabemos a área de propagação desse fogo e quando a gente vê aquela cena, o que nos causa é tristeza”, disse a ministra, em entrevista coletiva.

“A PF está conduzindo a investigação e a maioria dos focos está localizada em propriedades privadas. Sabemos de onde a propagação se originou e estamos utilizando tecnologia avançada. Neste momento, ações estão ocorrendo no âmbito da Justiça, em colaboração com a PF”, relatou Marina.

Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de 1º de janeiro a 27 de junho, a área queimada do Pantanal chega a mais de 688 mil hectares (4,56% do bioma). Desses, 8% estão em terras indígenas. O município com o maior número de queimadas é Corumbá, com mais de 348 mil hectares incendiados, o que corresponde a 5,4% de sua área.

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