Amizade com Tarcísio, crítica a Lula, elogio a Haddad: a entrevista de Campos Neto

Campos Neto disse ser amigo de governador Tarcísio, mas defendeu sua independência no comando do BC
Campos Neto disse ser amigo de governador Tarcísio, mas defendeu sua independência no comando do BC
Campos Neto disse ser amigo de governador Tarcísio, mas defendeu sua independência no comando do BC

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Em entrevista ao Valor, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou ter sido convidado para ser ministro da Fazenda numa hipotética candidatura de Tarcísio de Freitas a presidência em 2026. “Nunca tive nenhuma conversa, em nenhum momento, sobre ser ministro de nada. O Tarcísio é meu amigo pessoal há bastante tempo. As nossas famílias são muito próximas. A gente tem um relacionamento muito próximo. Discutimos bastante sobre economia, desde a época em que ele era ministro da Infraestrutura. Ele dizia que era importante entender a economia do Brasil para poder vender os projetos. Então ele sempre me ligava, a gente conversava sobre economia. Todas as vezes, que não são muitas, em que a gente discutiu sobre política, a percepção que eu tenho é que ele não é candidato a presidente. E fica uma especulação sobre uma influência política”, disse.

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O presidente do BC reclamou que as críticas feitas pelo presidente Lula à condução da política monetária dificultam o trabalho de controle da inflação. “Quando você tem uma pessoa da importância do presidente questionando aspectos técnicos da decisão do Banco Central, gera um prêmio de risco na frente”, afirmou. “Essa incerteza maior acaba fazendo com que o nosso trabalho fique mais difícil.” Ele classificou como “factoides” o fato de Lula lançar suspeitas sobre sua independência à frente da instituição, citando a proximidade que ele tem com o governador de São Paulo. “É importante separar o que é proximidade do que é independência ou dependência. Posso ser próximo de uma pessoa e ser independente na tomada de decisão. Foi isso que o Banco Central mostrou ao longo do caminho. Fez a maior alta de juros em um ano de eleição na história do mundo emergente”, respondeu.

Quanto ao seu relacionamento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Campos Neto disse que ocorre sem problemas e elogiou o esforço do ministro na busca de equilíbrio fiscal. Além disso, o presidente do BC disse não ter nenhuma restrição ao diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo. Recentemente, Galípolo representou o banco em reunião no Palácio do Planalto sobre o decreto que adotou metas contínuas. “Ele me ligou antes”, disse Campos Neto. “O que tem que ser cobrado dele não é se ele vai estar num evento do governo, se ele vai estar numa festa na casa de uma pessoa que seja muito de esquerda. O que deve ser cobrado é qual foi a decisão que tomou. Eu espero que isso se aplique ao meu trabalho e que se aplique também ao meu sucessor.” (Valor)

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