Irmãos Batista negociam novo acordo de leniência
Holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, a J&F está negociando um novo acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), enquanto a multa de R$ 10,2 bilhões por corrupção confessada pelos dois em delação premiada ao Ministério Público Federal está suspensa por decisão do ministro Dias Toffoli. O objetivo, conta Raquel Landim, é obter um acordo de redução de multa com a CGU e só então abrir uma renegociação com o MPF. Não há intenção de voltar atrás nos crimes confessados, mas sim revisar o método de cálculo. Procuradores do MPF, no entanto, entendem que não há base para redução, pois não houve diminuição da capacidade de pagamento da empresa. Ao contrário, os negócios dos Batista continuaram prosperando. Procurada, a J&F não se manifestou. (UOL)
E as sete empreiteiras envolvidas na Lava Jato tinham até a última segunda-feira para responder se aceitavam a proposta do governo para a repactuação das multas dos acordos de leniência, conta Renata Agostini. Para a equipe técnica da CGU, apesar de as sete empresas terem manifestado interesse na renegociação, somente duas concordaram de fato com a oferta. Cinco fizeram ponderações que, na prática, representam discordância em relação à proposta. O governo só deve voltar à mesa e avançar na negociação com as empresas que concordarem expressamente com as premissas da última oferta da União. Algumas empresas questionaram pontos da proposta como o índice de correção e o tamanho da redução na multa a que teriam direito. (Globo)