Netanyahu recusa cessar-fogo permanente em Gaza e se prepara para enfrentar Hezbollah

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estaria disposto a aceitar um cessar-fogo parcial em Gaza sem encerrar a guerra, aumentando a apreensão das famílias de reféns detidos pelo Hamas. Em uma entrevista ao Canal 14 de Israel, o premiê disse que está “empenhado em continuar a guerra após uma pausa, a fim de completar o objetivo de eliminar o Hamas. Não estou disposto a desistir disso”. Os comentários de Netanyahu contrastam com os detalhes do acordo apresentado pelo presidente americano, Joe Biden, podendo agravar ainda mais a relação entre os dois países. O plano de três fases levaria à libertação do restante de reféns em troca de centenas de palestinos presos por Israel, mas ainda há desconfiança entre os dois lados do acordo. O Hamas disse que não libertará os reféns sem um cessar-fogo permanente e a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, enquanto Israel ainda está empenhado em destruir as capacidades militares e de governança do Hamas. (Time)

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Após afirmar que a atual fase de combates em Gaza está chegando ao fim, Netanyahu se prepara para enviar mais tropas para enfrentar o grupo libanês Hezbollah, na fronteira norte. Ele parece mesmo disposto a começar uma guerra com o Hezbollah antes de resolver a questão com o Hamas, e cobrou publicamente os Estados Unidos pelo que chamou de “retenção de armas”. Segundo ele, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, “garantiu que a administração está trabalhando dia e noite para remover esses gargalos”, mas que até o momento isso não ocorreu. Em resposta, o enviado à região, Amos Hochstein, coordenador especial do governo Biden para a parceria em infraestrutura e investimento global do país, disse que os comentários de Netanyahu eram “improdutivos” e, “mais importante, completamente falsos”. Apesar de ser o principal fornecedor de armas de Israel, o governo norte-americano tem manifestado preocupação crescente com o aumento das vítimas civis em Gaza. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, viajará para Washington com o objetivo de contornar a situação. (CNN)

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