Oitenta anos, oito músicas: uma playlist de Chico Buarque feita por convidados do Meio

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Oitenta anos, oito fãs, oito músicas. No aniversário de Chico Buarque, a convite do Meio, personalidades importantes do país tentam escolher uma única canção de um dos maiores e mais completos artistas de todos os tempos. “Missão impossível”, disse João Bosco, embora tenha conseguido. Fernanda Torres optou por duas, “um lado A e um lado B”. São centenas de composições que passam por diversos estilos e compõem a trilha sonora do Brasil dos últimos 60 anos, desde que o artista lançou, em 1966, seu álbum de estreia, Chico Buarque de Hollanda – aquele mesmo em que ele aparece feliz e triste, em retratos de Dirceu Côrte Real, uma capa campeã de aplausos e memes. Os convidados foram, além de Bosco e Torres, a escritora Carla Madeira, a filósofa Djamila Ribeiro, o ator Fábio Porchat, o jornalista Nelson Motta, o neurocientista Sidarta Ribeiro e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deixou de pensar por um instante na reunião do Copom para “ver o capim, ver o baobá, e escolher Assentamento. São músicas “que o próprio tempo vai parar para ouvir. E nós também.

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Carla Madeira, escritora
Todo o Sentimento

“A ideia do tempo que refaz o que desfez me comove demais. Acho uma das letras mais poéticas do Chico e a melodia é muito bela. Amo.”

Djamila Ribeiro, filósofa
Eu te Amo

“É uma das mais belas canções e declarações de amor já escritas e cantadas. O verdadeiro sentido de uma vida ao lado de alguém que se amou de verdade.”

Fábio Porchat, ator
Geni e o Zepelim

“Geni é a cara do ser humano, do brasileiro, da hipocrisia que o mundo sempre viveu e vive, e de como a gente sempre olha primeiro para a gente para depois olhar para os outros, e como a gente maldiz pessoas que estão ali por nós.”

Fernanda Torres, atriz
Construção e Jorge Maravilha

“Vou escolher um lado A e um lado B. A do lado A é Construção, que ouvi criança. A música teve, em mim, o mesmo impacto do 2001, Uma Odisseia no Espaço, o jogo de proparoxítonas, aquela orquestração que vai se complicando, fundindo, aumentando, bêbada, doida, para contar a história de um operário que cai no asfalto. Até hoje não me recuperei. O Lado B é Jorge Maravilha, pelo abuso, o suíngue, a falta de modos, pelo pseudônimo, pela liberdade e desfaçatez com a linha dura. Outra que, até hoje, ouço de joelhos.”

Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Assentamento

“Amo essa música. Ela reúne elementos da nossa cultura em poesia inigualável.”

João Bosco, músico
Construção

“É uma missão impossível escolher uma música do Chico Buarque. Mas vamos lá: Construção. Porque é o resultado real do melhor projeto sobre o Brasil.”

Nelson Motta, jornalista
Futuros Amantes

“Melodia jobiniana do mais alto nível, letra de intensa densidade poética e forte sentimento.”

Sidarta Ribeiro, neurocientista
Todos Juntos

“Tarefa difícil, espaço de busca gigantesco. Vou ficar com ‘Todos Juntos’, dos Saltimbancos, porque me inspira com profunda beleza a preparar meus filhos para a luta antifascista nesse país tão lindo e tão horroroso. Tod@s junt@s somos fortes, não há nada a temer.”

Aqui a playlist completa, ou trechos de cada canção abaixo:

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