IPCA já reflete chuvas no Rio Grande do Sul e fica em 0,46% em maio
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio ficou em 0,46%, informou o IBGE. O resultado veio acima do 0,42% esperado por analistas. As enchentes no Rio Grande do Sul já começam a mostrar seus impactos sobre a economia. O peso de Porto Alegre no IPCA é de 8,61%, segundo André Almeida, gerente da pesquisa, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A alta nos preços foi puxada pelo grupo de Alimentação e bebidas, que avançou 0,62% frente a abril, com destaque para tubérculos, raízes e legumes. A batata, por exemplo, disparou 20,61% em um mês. “Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, diz o pesquisador. Em abril, os preços haviam subido 0,38%. No ano, a inflação está em 2,27%, enquanto em 12 meses, o indicador acumula 3,93%. Pela primeira vez desde outubro passado, a inflação acumulada em 12 meses acelerou frente ao mês anterior. Apesar disso, o IPCA segue dentro da meta do Banco Central do Brasil, que é de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%. (g1)
Míriam Leitão: “O impacto da tragédia no Rio Grande do Sul sobre a inflação de maio foi maior do que o mercado esperava. A expectativa é que a tragédia gaúcha tivesse um efeito gradual sobre o índice. Porto Alegre foi a capital com maior alta, 0,87%. Na capital gaúcha, a batata inglesa subiu quase 24% e o botijão de gás 7,39%. E os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul ainda devem pressionar a inflação de junho”. (Globo)