Proibição de aborto nos EUA não reduz procedimentos e piora saúde das mulheres

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Mesmo com a queda do direito constitucional ao aborto nos Estados Unidos, há dois anos, o número de procedimentos não apenas subiu como tem impactado áreas como mortalidade materna e desigualdade racial. De acordo com o Instituto Guttmacher, foram interrompidas 1 milhão de gravidez pelo sistema formal de saúde, um aumento de 11% em comparação a 2020, último ano com dados completos. Atualmente, o aborto é ilegal em 14 estados e não protegido por lei em outros quatro. Em 11 estados, o procedimento, mesmo permitido, estabelece prazos mais curtos para sua realização, como as seis semanas estipuladas recentemente pela Flórida. Um dos principais efeitos dessas medidas é a piora da saúde materna em estados que tiveram o serviço proibido, com o dobro da taxa de mortalidade observada em regiões onde não há restrição, segundo levantamento publicado pela revista científica The Lancet, no mês passado. A falta de acesso afeta 7 em cada 10 mulheres negras que vivem nos 29 estados onde não há legislação favorável ao aborto. (Folha)

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