Morre aos 94 anos a economista Maria da Conceição Tavares, referência do desenvolvimentismo

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Morreu na manhã deste sábado, aos 94 anos, a economista e ex-deputada federal Maria da Conceição Tavares, um dos ícones do pensamento desenvolvimentista no Brasil. A causa da morte não foi divulgada pelos familiares, Portuguesa de Aveiro, fugiu da ditadura salazarista e veio para o Brasil em 1954, já formada em Ciências Matemáticas pela Universidade de Lisboa. Três anos depois, naturalizada brasileira, começou o curso de Economia na UFRJ. (Globo)

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Passou pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e compôs o quadro de brasileiros na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), além de ter se debruçado sobre o problema da substituição de importações no país. Foi presa por 48 horas pelos militares em 1974. Nos anos 1980, ligou-se como assessora econômica ao então MDB, partido de oposição à Ditadura, e se aproximou de líderes petistas quando da criação do partido. (UOL)

Pelo PT, foi deputada federal entre 1995 e 1999. Pela contribuição ao pensamento econômico brasileiro, venceu o Prêmio Jabuti de 1998 na categoria “Economia”. Conceição Tavares formou uma gama de economistas e políticos, como o ex-governador José Serra e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo. NO aniversário de 80 anos, em 2010, chegou a colocar Serra e a então presidente Dilma Rousseff – à época rivais na corrida presidencial – em uma mesma mesa. Morreu sem ver a democracia multirracial dos trópicos, inspirada em Darcy Ribeiro, mas apaixonada pelo Vasco e com uma legião de admiradores. (Estadão)

Diversas personalidades foram às redes se manifestar sobre a partida de Tavares. O presidente Lula declarou, por meio de seu perfil no “X”, classificou a economista como “uma das maiores da história.”; Márcio Pochmann, presidente do IBGE, enalteceu-a como “mestre do desenvolvimentismo”; a deputada Erika Hilton (PSol-SP) declarou que Conceição era “uma eterna fonte de conhecimento crítico e militância de esquerda.” (G1)

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