Com duas mulheres à frente das pesquisas para presidente, mexicanos vão às urnas

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Os mexicanos foram às urnas neste domingo para eleição que deve colocar a primeira mulher na presidência do país. Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez apareciam nas pesquisas muito à frente do único candidato masculino, Jorge Álvarez Máynez. Os eleitores também escolheram todos os membros do Congresso e governadores de oito estados, bem como o chefe do governo da Cidade do México. A campanha foi ofuscada por ataques violentos, que, segundo o governo, resultaram na morte de mais de 20 candidatos, embora dados independentes apontem um total de 37. Sheinbaum, uma cientista de 61 anos que foi prefeita da Cidade do México de 2018 a 2023, tem o apoio do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, que está no poder desde 2018. Sua principal concorrente é a senadora Gálvez, também de 61 anos, que foi escolhida por uma ampla coligação de partidos que partilham o desejo de pôr fim ao governo do partido Morena. A vencedora tomará posse em setembro. (BBC)

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Impulsionado por ativistas feministas, o México adotou ao longo das últimas décadas leis cada vez mais amplas que incentivam uma maior representação das mulheres na política. Em 2019, deu o passo notável de tornar a paridade de gênero nos três ramos do governo um requisito constitucional. Hoje, metade do Legislativo é composto por mulheres frente a menos de 30% do Congresso americano. E mulheres chefiam o Supremo Tribunal, ambas as casas do Congresso e o Banco Central. Elas também estão à frente dos ministérios do Interior, da Educação, da Economia, da Segurança Pública e das Relações Exteriores. (New York Times)

Apesar disso, o país continua sendo um lugar perigoso para ser mulher, com taxas de feminicídio altíssimas. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México revelam que pelo menos 11.852 feminicídios foram registados nos primeiros três anos da presidência de López Obrador, acima dos 7.439 registados durante o mesmo período da presidência de Enrique Peña Nieto (2012-2018). (CNN)

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