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O ex-presidente americano Donald Trump afirmou nesta sexta-feira em coletiva de imprensa em Nova York que vai apelar da condenação e chamou seu julgamento de “uma fraude”. Na quinta-feira, um júri de Nova Iorque considerou Trump culpado de 34 acusações de falsificação de registos comerciais para ocultar um pagamento secreto à atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um caso amoroso. Trump renovou seus ataques ao juiz e ao procurador do caso e fez uma série de alegações falsas e enganosas. Também sugeriu, sem provas, que o presidente Joe Biden está de alguma forma envolvido e afirmou que o julgamento foi “fraudado”. “Isto é uma fraude. Há um julgamento fraudulento. Não deveria estar naquele local. Não deveríamos ter tido esse juiz”, disse Trump, que não respondeu a perguntas dos repórteres. (Washington Post)

Biden, por sua parte, disse que a condenação de Trump reafirmou “o princípio americano de que ninguém está acima da lei”. E disse que o júri era composto por americanos comuns, “12 pessoas como você”, que ouviram as evidências e deram um veredito unânime. “Este júri foi escolhido da mesma forma que todos os júris nos EUA são escolhidos”, disse Biden, acrescentando que os advogados de Trump fizeram parte do processo e que ele “teve todas as oportunidades para se defender”. (CNN)

As consequências políticas estão longe de estarem definidas, mas o veredito contra Trump vai testar as tradições, as instituições legais e a capacidade dos EUA de realizarem eleições sob uma histórica tensão partidária. As estratégias de cada campanha reconhecem que operam às cegas, sem paralelos históricos em que se possam s basear. Antes da decisão do júri, analistas dos dois partidos admitiam, reservadamente, que havia pouco valor preditivo em perguntar aos eleitores como reagiriam a um momento tão histórico. Uma condenação era demasiado hipotética. Não mais. (New York Times)