Israel retira embaixadores de países que vão reconhecer Palestina

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O governo israelense chamou de volta seus embaixadores na Noruega, na Espanha e na Irlanda nesta quarta-feira, após os três países anunciarem que reconhecerão no próximo dia 28 da Palestina como um estado soberano. Em nota oficial o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que Tel Aviv “não vai se conter diante daqueles que minam sua soberania e sua segurança” e que o reconhecimento da Palestina é uma recado ao Irã e a grupos como o Hamas de que “o terrorismo compensa”. (Guardian)

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O anúncio do reconhecimento do Estado palestino foi feito pela manhã simultaneamente em Dublin pelo primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, em Oslo pelo norueguês Jonas Gahr Støre e em Madri pelo espanhol Pedro Sánchez. Støre disse só haver uma solução para o conflito entre Israel e Palestina: “Dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança.” Pedro Sánchez enfatizou que o reconhecimento não é um ato “a favor do Hamas, contra o povo de Israel ou contra os judeus em geral”. (CNN)

Principal aliado de Israel, o governo dos Estados Unidos criticou o movimento dos três países europeus. Em nota, o Departamento de Estado disse que, embora o presidente Joe Biden apoie a “solução de dois Estados”, o reconhecimento da Palestina deve vir por meio de negociações diplomáticas envolvendo Israel e os próprios palestinos. Na mesma linha, a França avaliou que este não é o momento para que o reconhecimento aconteça. Já a Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia, comemorou o anúncio e pediu que outros países sigam pelo mesmo caminho. (CNN)

A decisão das três nações tem pouco efeito prático. Em abril, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por 146 votos a 9, o reconhecimento do Estado palestino, mas a decisão foi vetada pelos EUA no Conselho de Segurança, a quem cabe a palavra final sobre a inclusão de um país na organização. (BBC)

Enquanto isso… O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou uma medida burocrática que abre caminho para a reocupação por judeus de três assentamentos na Cisjordânia que haviam sido desmontados em 2005. A crescente ação de Israel no território palestino vinha sendo motivo de críticas desde antes dos atentados terroristas do Hamas, em 7 de outubro do ano passado. (AP)

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