Governo Lula assina acordo de cooperação com big techs contra fake news no RS

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O governo Lula assinou, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), um acordo de cooperação com representantes de Google, Meta, TikTok, X, Kwai e LinkedIn para combater desinformação sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. O texto prevê que as plataformas tomem medidas contra conteúdo que violem a integridade das informações, podendo disponibilizar mecanismos que facilitem o acesso a dados confiáveis sobre a calamidade, incluindo a prestação de serviços públicos no estado. Parcerias ou ações próprias de fact-checking também poderão ser implementadas. O protocolo tem validade de 90 dias, podendo ser renovado em comum acordo entre as partes. A divulgação de fake news tem sido motivo de atenção para o Planalto. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chegou a pedir à Polícia Federal que fosse instaurado um inquérito para apurar os casos. (Globo)

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O governo federal estuda comprar imóveis de até R$ 200 mil para pessoas desabrigadas no estado. O valor máximo para compra deve ser anunciado na próxima semana. O ministro Rui Costa, da Casa Civil, já havia anunciado medidas para dar moradia às vítimas das chuvas, como a compra de imóveis usados indicados pelas próprias famílias ou o repasse de casas e apartamentos em construção. (g1)

Apesar de o desastre climático que atinge o Rio Grande do Sul ter afetado cerca de 90% das cidades sem poupar pessoas de qualquer cor, classe ou gênero, as regiões mais pobres foram as mais atingidas pelas enchentes. Um mapeamento do Observatório das Metrópoles, analisando a relação entre renda e inundação na região de Porto Alegre, mostrou que bairros, como Humaitá e Farrapos, onde boa parte da população ganha apenas um salário-mínimo foram os mais alagados, em contraste com os mais ricos, como Moinhos de Vento e Bela Vista, que sofreram com falta de água e luz por alguns dias. “Historicamente as classes mais abastadas sempre ocuparam os lugares mais altos da cidade. Quando a cidade começou, no século 19, a rua mais rica era a Duque de Caxias, que é a rua mais alta do centro”, explica o economista e integrante do Observatório das Metrópoles André Augustin. O pesquisador conta que até o início do século 20 a população da Cidade Baixa era de maioria pobre e negra, mas acabou sendo expulsa conforme obras de melhoria na infraestrutura foram sendo realizadas, tornando a região em uma área de classe média. Mesmo áreas rurais que são resultado de uma expansão colonial desenvolvida ao longo dos séculos 19 e 20 por colonos alemães e italianos conseguem padrões de vida melhores que nas periferias de cidades maiores, aponta o estudo. (DW)

Enquanto isso, um estudo feito pela Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai) e pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) mostra que 70% dos territórios desses povos foram atingidos pelas chuvas, afetando cerca de 30 mil nativos no estado. (Brasil de Fato)

O estado gaúcho tem projetos de prevenção de enchentes que iniciaram em 2012 mas não foram concluídos. Um levantamento da TV Globo, com informações do Tribunal de Contas da União (TCU), encontrou três de cinco grandes projetos que poderiam ter mitigado os impactos das chuvas que castigam o Rio Grande do Sul neste ano. Outros dois são ligados à prevenção ambiental e também estão atrasados. Dois dos convênios assinados em 2012 são ainda do governo Dilma Rousseff e previam, entre as obras, a ampliação do sistema de macrodrenagem para amenizar alagamentos históricos e acúmulos de água em 14 bairros de Porto Alegre e o controle de cheias do Rio Gravataí e do Arroio Feijó. Segundo Marcelo Dutra, ecólogo e doutor em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a falta de conclusão das obras pode ter piorado a situação da inundação em Porto Alegre. Segundo o Ministério das Cidades, que firmou os contratos, os responsáveis pela execução dos projetos são o governo estadual e a prefeitura da Capital. (g1)

O nível do Guaíba chegou a seu menor patamar desde 3 de maio, alcançando 4,01 metros nesta terça-feira, podendo reduzir abaixo dos quatro metros até amanhã, segundo relatório do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS. Apesar das baixas seguidas, o Guaíba deve continuar acima do patamar de inundação de três metros em junho, devido à previsão de chuva. Segundo boletim da Defesa Civil, as mortes provocadas por tempestades no estado já chegou a 161 e 85 pessoas seguem desaparecidas, enquanto 581.633 estão desalojadas e outras 71.503 mantidas em abrigos. (Folha e GZH)

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