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A arrecadação de impostos e tributos federais em abril foi de R$ 228,873 bilhões, aumento real (descontada a inflação) de 8,26% em relação a igual do ano passado, segundo dados da Receita Federal. Pelo quinto mês seguido, a arrecadação foi recorde. De janeiro a abril deste ano, foram arrecadados R$ 886,642 bilhões, alta real de 8,33% ante o primeiro quadrimestre de 2023 e recorde para o quadrimestre desde o início da atual série histórica, em 2000. Segundo o Fisco, o aumento se deve ao desempenho da economia, ao retorno da cobrança de PIS/Cofins e à tributação dos fundos exclusivos dos super-ricos. A arrecadação acima do esperado afasta riscos de contingencionamento do governo para assegurar o cumprimento da meta fiscal. A nova revisão das contas do governo, quando esses parâmetros são reavaliados, será anunciada nesta quarta-feira. (Folha)

Míriam Leitão: “O resultado indica um aumento no ritmo da arrecadação, que a economia teve um bom quadrimestre, cresceu pouco mais do que imaginado, com a inflação baixa, sob controle. Até aqui a economia está bem. Mas isso permite um prognóstico para o ano? Significa que o governo vai cumprir a meta? Não, ainda não se pode dar essa certeza. Há muitas variáveis ainda em jogo, entre elas, o aumento de gastos. Um outro ponto é comprovação das estimativas do governo de arrecadação de R$ 100 bilhões pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Na avaliação do mercado, esse valor será bem menor, entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, diz Guilherme Tinoco, pesquisador associado do FGV Ibre”. (Globo)