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No dia seguinte à divulgação do resultado do primeiro trimestre, com queda no lucro líquido de 38%, Lula demitiu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Segundo Malu Gaspar, o CEO da estatal se despediu na tarde de ontem de seus diretores e comunicou à equipe que o comando passa para Magda Chambriard, que foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no governo de Dilma Rousseff. Nos últimos meses, Prates foi alvo de fritura interna no governo, com disputas com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, que almejavam ampliar o poder sobre a estatal. O desgaste se intensificou em meio ao impasse sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras. E se agravou após Silveira admitir em entrevista à Folha de S. Paulo o conflito com Prates, dizendo que não abriria mão de sua autoridade como ministro sobre a companhia. Em abril, Lula chegou a convidar o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para assumir a petroleira. Mas o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pesou a favor da permanência de Prates. (Globo)

Lula deve justificar a demissão de Prates pela “demora na entrega de promessas”. A demissão foi anunciada nesta terça-feira numa reunião no Palácio do Planalto em que estavam, além de Prates, os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. (Estadão)

A Petrobras publicou fato relevante, anunciando o encerramento antecipado do mandato de Prates de forma negociada e que ele “pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração”. (Meio)