Divisão do Copom precisa ser explicada, diz Schwartsman
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O economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, considerou adequada redução no ritmo de corte da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) diante da piora do cenário nacional e internacional. Mas ponderou que a divisão de votos – os quatro diretores indicados pelo governo Lula defenderam uma redução maior, de 0,50 ponto percentual — precisa ser explicada. “Se é uma questão pontual, provavelmente, o comitê tem condições de retomar a unanimidade daqui para frente e vida que segue. Se for um desacordo mais profundo, aí o problema é a sinalização que fica para 2025 em diante, porque a gente tem um Banco Central que vai forjar uma maioria que será bem mais dovish, muito menos comprometida com a convergência da inflação”, afirmou Schwartsman, que é consultor da A.C. Pastore. “Se há concordância sobre o diagnóstico, e é um diagnóstico ruim, por que no final das contas escolheram votar por 0,5? E aí a gente vai ter de esperar para ver se tem alguma justificativa, se é uma questão pontual ou se tem um desacordo mais profundo sobre o rumo da política monetária.” (Estadão)