Oriente Médio, juro americano e nova meta fiscal levam dólar a R$ 5,27
A deterioração do cenário geopolítico mundial, incerteza quanto aos juros americanos e e piora fiscal brasileira levaram o dólar comercial a quinta sessão consecutiva de alta, com valorização de 1,64%, a R$ 5,27, maior valor desde 23 de março de 2023, auge da crise de Lula com a direção do Banco Central, quando a moeda americana chegou a R$ 5,29. A disparada ocorre em meio ao avanço generalizado da moeda americana no exterior, com investidores reagindo à perspectiva de juros altos nos Estados Unidos por mais tempo e às tensões entre Israel e Irã. Em cinco dias úteis, a divisa acumulou elevação de 5,23% ante o real. Também contribuíam para a valorização do dólar as preocupações com o equilíbrio fiscal brasileiro, após o governo anunciar na véspera a redução da meta fiscal de 2025. Já a Bolsa brasileira a atingiu nesta terça-feira seu pior momento no ano, ao tocar nos 123.756 pontos. O Ibovespa encerrou o quinto pregão seguido em queda, de 0,75%, aos 124.388,62 pontos. O índice não tinha uma sequência de recuo de cinco pregões seguidos desde o período entre 17 e 23 de outubro do ano passado. Em Nova York, as bolsas fecharam com resultado misto após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, apontar que juros devem ser mantidos no atual patamar por mais tempo. Dow Jones subiu 0,17%, enquanto S&P 500 caiu 0,21% e Nasdaq perdeu 0,12%. (InfoMoney e UOL)