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CNJ afasta Gabriela Hardt, que substituiu Moro, e outros três juízes da Lava-Jato

O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, afastou a juíza Gabriela Hardt, que foi responsável pela Operação Lava-Jato, o atual titular da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e dois desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região por supostos atos de burla à ordem processual, violação do código da magistratura e prevaricação, conta Daniela Lima. Hardt substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal e foi afastada devido a uma reclamação disciplinar da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), sobre a homologação de um acordo para criar uma fundação com os recursos recuperados da Petrobras. Um dos pontos citados para o afastamento é que, em depoimento, Hardt admitiu ter conversado “informalmente” com o ex-procurador Deltan Dallagnol sobre pedido de homologação de acordo entre Lava-Jato e Petrobras. Já o afastamento dos desembargadores Thompson Flores, Loraci Flores de Lima e do juiz Danilo Pereira Júnior, segundo Salomão, ocorreu em razão do descumprimento de decisões do Supremo Tribunal Federal por denúncia de Dias Toffoli. Moro também é alvo da mesma reclamação disciplinar, mas as suspeitas contra ele serão analisadas futuramente, já que ele deixou o cargo de juiz em 2018. O plenário vai analisar o caso nesta terça-feira. (g1 e Globo)

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A Associação dos Juízes Federais do Brasil se disse “surpresa” com a decisão e que confia que “não será mantida pelo plenário do CNJ, órgão competente para apreciar a matéria, já que os fatos sustentados não autorizam a medida determinada”. “O afastamento cautelar de qualquer magistrado reclama motivos de natureza extremamente grave, além de contemporaneidade aos fatos, ainda mais quando determinado de forma monocrática, situações que não se verificam no caso em debate”, diz a nota da Ajufe. Segundo a associação, quem poderia deliberar sobre o afastamento é o plenário do CNJ, o que ocorrerá em sessão nesta terça-feira. E diz que é “inadequado o afastamento por decisão monocrática e na véspera de tal julgamento”. (Folha)

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