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O embaixador do Brasil no Irã avalia que chance de paz depende Israel

O embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Gradilone, fez, na manhã deste domingo (14/4), um relato ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira, sobre uma reunião com o ministro de Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, após os ataques do Irã a Israel. Segundo o brasileiro, a expectativa do Irã é que os Estados Unidos usem sua influência sobre Israel no sentido de conter qualquer resposta que contribuirá para escalar o conflito no Oriente Médio. “A expectativa é que os Estados Unidos exerçam a pressão que eles tem capacidade de exercer sobre Israel e consigam evitar que haja qualquer tipo de medida”, disse o embaixador, em entrevista à CNN.

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Amirabdollahian chamou a atenção para a conduta do Irã de notificar países vizinhos com 72 horas de antecedência sobre os ataques contra Israel. Em entrevista, ele disse que a “resposta do Irã contra Israel era certa, legítima e irrevogável”.

Mais cedo, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse à CNN que está desapontado com o governo brasileiro, que não condenou o ataque do Irã a Israel na nota divulgada pelo Itamaraty na noite de ontem. “Eu procurei, mas não achei um tipo de condenação, infelizmente. Fiquei muito desapontado. Acho que quando há este tipo de ataque, e o Brasil aceita isso, ou pelo menos não condena, como disse, fiquei muito desapontado que isso não aconteceu. Espero que não vamos ter que continuar com este tipo de mensagens”, disse Zonshine, ao canal.

No comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil pede “máxima contenção” para evitar “escalar” do conflito entre Irã e Israel. Na nota, o governo brasileiro ainda disse acompanhar o conflito com “grave preocupação”.

Leia a íntegra da nota do Itamaraty: 

“O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.

Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.

O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.”

 

 

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