Comissão de Anistia reconhece Clarice Herzog como anistiada política

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Por unanimidade, a Comissão de Anistia aprovou nesta quarta-feira o reconhecimento da condição de anistiada política de Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura em outubro de 1975. Com a decisão, o Estado brasileiro admite que perseguiu Clarice e sua família por 13 anos em razão do movimento liderado pela publicitária para esclarecer o assassinato do marido. Também assegura a ela o direito a uma reparação financeira, limitada a R$ 100 mil. A presidente da Comissão de Anistia, Eneá Almeida, classificou o julgamento como “emblemático”. “Em nome do Estado brasileiro, eu peço desculpas por toda perseguição que ela sofreu, extensivo à família inteira, por todas as agruras, todos os sofrimentos que vocês passaram de maneira absolutamente cruel, bárbara. Nenhum Estado tem direito de abusar do seu poder e investir contra os próprios cidadãos”, disse Eneá. Aos 82 anos, Clarice, enfrenta a doença de Alzheimer, que a impediu de participar do julgamento. Emocionado, um dos filhos do casal, Ivo Herzog, que preside o Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog, celebrou o reconhecimento da comissão, que, segundo ele, era esperado há anos e disse que o dinheiro ajudará a custear o tratamento da mãe. (g1)

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