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Os Correios anunciaram nesta segunda-feira um reajuste das tarifas dos serviços postais prestados a partir do dia 3 de abril. A correção será de 4,39% para serviços nacionais e internacionais e corresponde à variação da inflação oficial de janeiro a dezembro de 2023. No ano passado, o reajuste foi de 5,49%, e em 2022, de 9,56%. Em meio à demanda por serviços de entrega de encomendas do e-commerce no país, o desafio dos Correios é a concorrência. No mês passado, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, criou um grupo de trabalho multidisciplinar para modernizar a legislação de serviços postais e fortalecer os Correios frente às gigantes do e-commerce como Shopee e Mercado Livre. A iniciativa visa aprimorar o marco regulatório postal brasileiro – que atualmente data de 1978 e vale apenas para a empresa estatal – e está defasado em relação à realidade do mercado. A pasta também deve investir R$ 856 milhões na empresa. (g1 e Estadão)

No ano passado, o governo Lula retirou os Correios do programa de privatização criado pelo governo Bolsonaro. O modelo previa a venda de 100% da estatal até julho de 2022, mas o projeto travou no Senado, após ser aprovado pela Câmara. O então ministro Fábio Faria defendeu que, caso a estatal não fosse comprada, concorrentes da iniciativa privada ficariam com a maior parte dos serviços de entrega de encomendas, deixando para os Correios “apenas o osso” da sua função, que é a troca de correspondência. (g1 e Tecnoblog)