EUA lançam primeira remessa de ajuda humanitária por via aérea em Gaza

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Neste sábado, os Estados Unidos fizeram o primeiro lançamento aéreo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, depois do anúncio de Joe Biden de que a medida seria adotada na sexta-feira. Fontes disseram à Reuters que foram lançadas mais de 35 mil refeições, levadas em três aviões C-130. A Casa Branca diz que a ajuda tem o apoio de Israel. França, Egito e Jordânia também já realizaram lançamentos aéreos de ajuda humanitária para a região. Um quarto da população de Gaza (cerca de 576 mil pessoas) estão a um passo da fome extrema, segundo o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da Organização das Nações Unidas (ONU). E uma a cada seis crianças com menos de dois anos sofrem de desnutrição e emaciação (magreza extrema). (g1)

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A iniciativa dos EUA foi criticada por organizações internacionais de ajuda humanitária. As entidades dizem que a medida é ineficaz e desvia o foco de medidas mais significativas, como uma pressão mais dura para Israel suspender o cerco a Gaza e por um cessar-fogo. “Os lançamentos aéreos não são a solução para aliviar esse sofrimento e desviam o tempo e o esforço de soluções comprovadas para ajudar em grande escala”, afirmou o Comité Internacional de Resgate, organização humanitária de Nova York, num comunicado. Especialistas dizem que esses lançamentos são caros e fornecem quantidades muito pequenas de ajuda em comparação com o nível de necessidade em Gaza. Scott Paul, diretor da Oxfam, outra entidade de ajuda humanitária, disse que esses lançamentos “serviriam principalmente para aliviar as consciências culpadas de altos funcionários dos EUA cujas políticas contribuem para as atrocidades em curso e o risco de fome em Gaza”. (New York Times)

Uma investigação da CNN, a partir de documentos e ouvindo trabalhadores de agências humanitárias e do governo, identificou que os itens mais frequentemente barrados por Israel na fronteira de Gaza são anestésicos e máquinas de anestesia, cilindros de oxigênio, ventiladores mecânicos e sistemas de filtragem de água. (CNN Brasil)

A União Europeia anunciou que decidiu retomar o financiamento e repasse de recursos para a agência da ONU responsável por dar assistência humanitária aos palestinos, a UNRWA. Esse braço da ONU foi acusado por Israel de abrigar cúmplices do Hamas — seriam 12 de seus 13 mil funcionários. A ONU abriu investigações e demitiu os funcionários acusados. Mas informou que o governo de Israel ainda não havia apresentado todas as evidências e novas provas de suas acusações, além dos dados recebidos um mês atrás. Por isso, nesta semana a Comissão Europeia divulgou que vai destinar 68 milhões de euros, ou R$ 365,3 milhões, para o órgão, que devem ser executados por parceiros internacionais como a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho. (UOL)

Enquanto isso, está prevista para a noite de hoje (horário local) a chegada a Jerusalém de famílias dos reféns mantidos na Faixa de Gaza que marcham há quatro dias sob a bandeira “Unidos para libertar os reféns”. Eles devem fazer um protesto para que haja negociação para que se libertem os 130 israelenses ainda sequestrados pelo Hamas. Ao mesmo tempo, em Tel Aviv e outras cidades do país, manifestantes anti-Netanyahu vão protestar sob o slogan “Israel precisa de eleições, ocupem as ruas!”. (The Times of Israel)

 

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