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Durante entrevista coletiva em Adis Adeba, na Etiópia, o presidente Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto judeu promovido pela Alemanha nazista na década de 1940. O chefe de Estado brasileiro classificou como “chacina” e “genocídio” atuação israelense no território palestino. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico”, pontuou o petista. “Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, completou. 

As declarações irritaram o premiê israelense e geraram uma rusga diplomática entre os países. Benyamin Netanyahu foi ao X criticar o presidente brasileiro e classificou as falas do petista como “vergonhosas e graves”. Além disso, o chefe do Executivo israelense entendeu que Lula contribui para “banalizar o Holocausto”, algo que cruza “uma linha vermelha”. De acordo com o primeiro-ministro, o embaixador brasileiro no país será convocado na segunda-feira “para uma dura conversa de repreensão”. 

Na coletiva de imprensa concedida em Adis Adeba, capital etíope, Lula criticou a interrupção do financiamento por parte de países ricos à Agência da ONU para Refugiados (Unrwa), acusada de colaborar com os atentados terroristas promovidos pelo Hamas em 7 de outubro do ano passado, episódio que deflagrou o atual conflito no Oriente Médio. Lula já havia criticado Israel e Hamas em discurso no encontro de cúpula da União Africana, cobrando ação diplomática para encerrar o conflito. (Folha e O Globo)