Investigações quebram argumento de ‘espontaneidade’ do 8 de janeiro

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As argumentações de defesa dos investigados pelas cenas de vandalismo e tentativa de abolição do Estado democrático de 8 de janeiro sempre gira em torno da espontaneidade do movimento golpista. Após as operações autorizadas pelo STF, porém, as provas colhidas pela Polícia Federal apontam para um incitamento da turba – inclusive de pessoas no entorno mais íntimo do ex-presidente Jair Bolsonaro. É o caso, por exemplo, das conversas travadas entre o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens da Presidência. Oliveira chega a pedir R$ 100 mil a Cid para a organização dos acampamentos e para deslocamento dos manifestantes até Brasília. 

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O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta para esta tese, que, com a Operação Tempus Veritatis, ganhou mais força com as provas colhidas nas buscas e apreensões feitas, inclusive, na casa do ex-presidente. A defesa de Bolsonaro nega participação no planejamento ou execução dos atos golpistas. As investigações também indicam apoio financeiro e logístico de empresários ligados ao agronegócio, que “botou um apoio pra três mil ônibus”, segundo diálogos encontrados nos celulares dos investigados. A CPI dos Atos Antidemocráticos também havia identificado 83 empresários, sobretudo do Sul e do Sudeste, que teriam financiado 103 ônibus em direção à capital. (O Globo)

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