Abin espionou Gilmar e Moraes em busca de elos com PCC, diz PF

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Durante busca e apreensão na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no ano passado, a Polícia Federal (PF) encontrou um relatório com detalhes de uma ação de inteligência em busca de ligações entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes e a facção criminosa PCC. O documento estava em uma pasta com relatórios de diversas “missões” encomendadas durante a gestão do então diretor da Abin Alexandre Ramagem (PL-RJ), hoje deputado federal. O relatório com menção aos ministros do Supremo tem uma lista de vínculos que deveriam ser investigados para comprovar a suposta relação com o PCC. Entre outros nomes, a PF também encontrou ordem expressa de Ramagem para monitorar Rodrigo Maia, que presidiu a Câmara dos Deputados nos dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), e Joice Hasselmann, deputada federal no mesmo período pelo PSL, mas que rompeu com o agora ex-presidente. (UOL)

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A Abin também foi utilizada para monitorar ilegalmente a promotora de Justiça do Rio de Janeiro Simone Sibilio, responsável por investigar o assassinato, em 2018, da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ela deixou o caso em 2021. “Ficou patente a instrumentalização da Abin, para monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios”, diz trecho da decisão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, autorizou buscas e apreensão contra Ramagem. (Globo)

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