Gonet não se opõe a decisão de Toffoli que anula processos da Lava-Jato e critica MP

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A “nulidade absoluta” dos processos da Lava Jato contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e o trancamento de investigações amparadas em quatro operações estaduais, determinados em dezembro pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), não foram contestados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Assim, conta Malu Gaspar, ele abriu mão de recorrer da decisão monocrática e endossou a tese jurídica de Toffoli, que faz duras críticas à atuação do Ministério Público Federal (MPF), agora chefiado por Gonet, ao mencionar, por exemplo, “flagrante ilegalidade” refletida na “manipulação de contexto jurídico-processual entre os órgãos acusador e jurisdicional” na Lava Jato. Essa é exatamente a linha da defesa de Richa, que hoje é deputado federal, ao apontar a suposta atuação ilegal do então juiz federal Sergio Moro, à época titular da 13ª Vara Federal de Curitiba; do então coordenador da Lava-Jato em Curitiba; Deltan Dallagnol; e do procurador Diogo Castor de Mattos. A decisão de não recorrer causou estranheza no meio jurídico paranaense, pois Gonet ignorou as críticas ao próprio MPF e agiu na direção contrária do MP do Paraná, que, em dezembro, recorreu da decisão do Supremo sustentando que a instituição não foi ouvida por Toffoli como parte do processo. (Globo)

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