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Lula cede espaço a militares no governo após início tenso e ameaças da caserna

Um levantamento de O Globo mostra que, após um início de desmilitarização da Administração Pública,  o presidente Lula (PT) voltou a dar espaço a militares dentro do governo. Em novembro de 2023, a gestão do petista contava 2.760 fardados, número apenas 6,4% menor que no último mês de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, quando 2.938 militares estavam no serviço público civil. Ainda assim, o ex-presidente foi responsável por lotar a máquina com integrantes da caserna: em 2020, o número chegava a 6.175, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Há, ainda, uma diferença no perfil dos agentes incorporados pelo governo. O número de militares em cargos de gestão caiu de 48, na era Bolsonaro, para 29, no período de Lula.

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Os militares ganharam espaço no governo ainda na gestão de Michel Temer (MDB). O emedebista chegou a contar com 2.765 agentes na gestão pública. O movimento de Lula acontece depois de um início de mandato tumultuado por ameaças golpistas e uma suposta inação das Forças Armadas, incluindo uma troca de comando ainda na transição e diversas suspeitas de colaboração com os golpistas do 8 de janeiro. Cercadas de desconfiança, as Armas perderam terreno na máquina pública e, em junho, chegaram ao patamar de participação mais baixo desde 2017: 2.557 militares na Administração. (O Globo)

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