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O Brasil passa por um momento crítico: em 2024, o país percebe uma explosão nos casos confirmados de dengue, sendo os quase 56 mil diagnósticos nas duas primeiras semanas de janeiro mais que o dobro dos 22 mil registrados no mesmo período do ano passado. Seis mortes em decorrência da doença foram computadas, enquanto em 2023 oito pessoas já haviam morrido pela doença transmitida pelo Aedes Aegitpy nessa época. O principal foco de preocupação para o Ministério da Saúde é o Rio, onde mais de quatro mil pessoas foram infectadas (em 2023, eram 556 casos). 

Sobre a imunização, de acordo com o governo, havia vacinas suficientes para apenas 3,2 milhões de pessoas. Neste domingo, o país recebeu as primeiras 750 mil das 5,2 milhões de doses da Qdenga compradas da japonesa Takeda Pharma. Primeiro país do mundo a oferecer a vacinação contra a dengue na rede pública, o Brasil deve vacinar, primeiro, a população de 10 a 14 anos – faixa onde se concentra a maior parte das internações em decorrência da dengue –  de cidades com mais de 100 mil habitantes. 

Os municípios que tiverem maior taxa de transmissão na última década serão priorizados na distribuição. O ministério informou ainda que há 30 toneladas de inseticida e 175 mil testes rápidos para a enfermidade. O clima quente e úmido de boa parte do país colabora para a proliferação do inseto, vetor desta e de outras doenças, sobretudo em períodos chuvosos – em geral, de novembro a maio. Os cuidados para evitar a procriação do mosquito passam por atenção a locais de acúmulo de água, como vasos de plantas, garrafas vazias e piscinas inutilizadas. (g1)